domingo, 9 de janeiro de 2011

Venezia

O avião pousa e o desembarque é tranquilo. Agora é pegar a bagagem. Na esteira, malas e mais malas. Pessoas as pegam e partem. Percebo que a quantidade de malas e pessoas diminuem. Queria não acreditar mas minha mala não apareceu. Ai fiquei pensando onde estaria e se eu a recuperaria. Outras pessoas também estavam na mesma situação. Depois de muita espera, o agente conseguiu localizar. Agora tudo certo, com tudo que passei, vou conseguir explorar a Itália.

Saio do aeroporto e vou direto para o porto pegar um “Vaporetto”. É um ônibus fluvial pois em Veneza, não há transporte terrestre. Chego numa noite bem fria e o barco segue, e pelas vias fluviais tudo calmo. Desembarco em San Marco e de lá procuro pela hospedagem mas como estava muito tarde, resolvi comer alguma coisa antes que tudo se feche por completo. Depois de um jantar ao estilo italiano, ando pelas pequenas vias e ao passar pela Piazza San Marco, tinha muita neve e numa distração levo um escorregão. Andar pelas vias de Veneza é estranho pois não existe endereço certo. Para encontrar o hostel foi difícil e quando consegui, minha reserva já tinha sido cancelada e ocupada por outra pessoa. Afinal, já tinha perdido 2 dias de minha reserva e quando tentei comunicá-los o número fornecido não existia. Bom, o jeito era andar e conseguir encontrar alguma coisa. Andei sem destino certo pois de nada adiantaria o mapa. Mas logo consegui encontrar um hotel e sem questionar faço minha reserva de 1 dia apenas.

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Veneza é uma cidade que dispensa roteiro. Ela é considerada símbolo do romantismo. O bacana é se perder pelas pequenas vias e passear entre uma ponte ou outra. O coração é a Piazza San Marco. Lá, tive a oportunidade em ver o hasteamento da bandeira pelas tropas Carabineri e com o badalar dos sinos da Torre Campanille. A Campanille di San Marco é a construção mais alta de Veneza. A torre foi originalmente construída para servir de orientação às embarcações que se aproximavam da cidade.

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Próximo dali, tem a Basílica de San Marco. Dentre as quase 100 igrejas espalhadas pela cidade, esta é a principal e vale uma visita obrigatória. Construída no ano 830, ela abriga os restos mortais de San Marcos, padroeiro de Veneza, depois que alguns mercadores venezianos roubaram o seu corpo, em Alexandria, no Egito.

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Séculos atrás, quando Veneza era uma cidade-estado, seu dirigente máximo tinha o título de Doge. O Palazzo Ducale fica em frente a Piazza San Marco. Seu ponto de destaque é o magnífico Átrio interno, a escadaria onde eram coroados os Doges e a Câmara do Conselho, onde eram eleito os Doges. Lá está também a “Visão do Paraíso”, a maior tela a óleo do mundo. Anexo ao palácio está a antiga prisão da cidade e ligando os dois prédios está a famosa “Ponte dei Sospiri”. Embora o seu nome tenha uma conotação romântica, a verdade é que o nome surgiu graças aos prisioneiros que eram levados do Palácio para a prisão. Conta-se que ao passar por essa ponte os prisioneiros davam uma última olhada pela janelinha, viam a liberdade pela última vez e suspiravam de tristeza. Diz a lenda que os casais que trocarem um beijo no momento exato que passar sob a Ponte dos Suspiros serão eternamente apaixonados.

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Por ser na época uma cidade-estado, Veneza adotou também o Leão alado de São Marcos Evangelista como símbolo para seu escudo de armas e que tempos depois serviu para representar as Leis Venezianas. As asas do animal reportam ao seu papel de mensageiro. Este leão está onipresente por toda cidade. Curiosamente, o Leão é representado com uma pata sobre um livro aberto (o Evangelho) ou fechado. Segundo a tradição, quando o livro está aberto, significa que o trabalho escultório foi realizado num período em que a cidade estava em paz. Por outro lado, quando o livro encontra-se fechado, a cidade estava em guerra.

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Entre as vias e canais, existe o “Grande Canal”. Ela corresponde a mais ou menos a principal avenida da cidade. Este canal corta Veneza ao meio, é a principal e mais larga avenida de trânsito na cidade e, ao longo de suas margens, há ancoradouro para gôndolas e para embarcações maiores. Dentre as pontes que cruzam o Grande Canal, uma das mais famosas está a Ponte Rialto que está situado num dos principais trechos comerciais de Veneza. Às margens do Grande Canal, há uma infinidade de palacetes dos séculos XVII e XVIII que contam com detalhes toda a história de luxos e extravagâncias desta cidade.

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Além do vaporetto, as gôndolas são também um meio de transporte porém, ela geralmente está mais voltada a um passeio mais romântico. Muito antes disso, antigamente as gôndolas eram inicialmente utilizadas apenas como embarcações fúnebres. Isto se explica a razão de ainda hoje elas serem sempre pretas.

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