Cape Town – Parte II

The Two Oceans Aquarium

Um autêntico safári aquático com tantas espécies que nos faz refletir a imensidão oceânica e seus mistérios. Pude observar de perto o imponente tubarão com sua fatídica mandíbula, o Pinguim Imperador com um fôlego invejável, a impressionante Água Viva, a estranha Aranha do Mar e diversos peixes, crustáceos e anfíbios. Tudo isso num só lugar, o Two Oceans Aquarium.

   

 

 

 

 

District Six

O District Six é um bairro onde existem profundas cicatrizes da época do Apartheid. Durante o conflito entre negros e brancos, resolveu-se que essa área tivesse demolida toda e qualquer morada e ali seria construído um novo bairro, somente para brancos. Os negros se revoltaram de certa forma que, para impedir o avanço das máquinas, se estendiam no chão ou permaneciam nas casas. Uma atitude inútil pois as cruéis máquinas além de executar a tarefa, mais de 60 mil negros foram removidos e muitos morreram nesse conflito. Atualmente nada foi construído no bairro para manter a lembrança dessa difícil época. Apenas vegetações rasteiras são mantidas.

 

 

 

Table Mountain / Devil´s Peak / Twuelve Apostles Mountain

Esses montes são cobertos por nuvens devido o contraste climático que sofrem. O Devil´s Peak ou Pico do Diabo, possui esse nome pois diz a lenda que um pirata holandês desafiou o diabo a fumar cachimbo e quem conseguisse fumar mais que o outro, seria o dono da montanha. O pirata ganhou o desafio e com isso o monte fica constantemente coberto de nuvens.

 

É possível chegar ao Table Moutain a pé, cuja subida é preciso ter um bom preparo físico e leva um tempo de 02h30m ou subir pelo Table Mountain Aerial Cableway. O teleférico você pode pagar pelo trajeto de ida e volta ou somente ida. Se optar somente em subir de teleférico, prepare-se para ter pernas e joelhos fortes para descer. O interessante do teleférico é que ele tem o piso giratório 360º. No topo da Table Mountain é impressionante a visão da cidade e possui um restaurante muito bom. Um ponto de atenção é ficar atento ao soar do alarme. Caso isso ocorra, é preciso correr para pegar o bondinho e descer pois indica que os ventos estão mais fortes que o normal. E se perder bondinho, ai não tem jeito, terá de descer a pé mesmo.

 

 

O Cape Town Stadium fica minúsculo e é possível enxergar as praias, a Robben Island, o porto e se as nuvens permitir, o outro lado da cidade e o Twuelve Apostles Mountain ou Pico dos 12 Apóstolos. Lá venta muito e a sensação térmica exige ao menos um agasalho.

 

As pessoas tem a prática de fazer um piquenique onde o silêncio somente é quebrado pela ação do vento.

 

É possível também fazer um rapel ou se aventurar em fazer pequenas escaladas nas pedras.

Aqui, um momento em que a Twuelve Apostles Mountain coberta de nuvem formando um Towel Blanc e no dia seguinte toda limpa.

 

Camps Bay / Clifton Beach / Bantry Bay

Essas praias são muito lindas e os restaurantes ficam lotados. Elas servem como refúgio para alguns artistas famosos e tem uma curiosidade: além das águas serem constantemente frias, nesse local o verão é mais frio que o inverno, devido a ação do vento. Mas isso não deixa de lado o charme e as luxuosas casas que possui.

 

 

 

Cape of Good Hope / Cape Point / Simon´s Town

A ida ao Cabo da Boa Esperança é um atrativo à parte. As belas paisagens que passei e sempre beirando o oceano. Uma breve parada em Hout Bay para apreciar um pouco a natureza.

 

A estrada é bem sinuosa e em determinado momento, passei por Misty Cliff. Essa estrada faz um sulco numa rocha mas não chega a ser um túnel.

 

Encontrei com muitos ciclistas por ela e também com macacos Balbuínos. Passei por uma criação de avestruz e foi o último contato com algum ser vivo.

 

Depois disso, um deserto com muitas pedras e vegetação rasteira e mais adiante o Cape of Good Hope, o ponto mais distante do sudoeste do continente.

 

Em Cape Point fica o Lighthouse, nesse ponto se divide os oceanos e nisso realizei meu sonho em conhecer os 3 oceanos. Para chegar até o farol, pode ser feito de 2 formas: a pé ou pegar um funicular. No meu caso, resolvi ir a pé mesmo e foi uma subida e tanto e quase não tive pernas para retornar. De volta na van, seguimos viagem para a próxima cidade.

  

 

Vista do oceano Índico.

Simon´s Town não tem nada de interessante exceto a praia dos pinguins. Eles habitan naturalmente essa praia e é muito legal vê-los por perto. Porém, é preciso ter uma certa cautela pois eles avançam. Há também patos selvagens que migram para esse lugar.

 

Para ver mais fotos de outros lugares que passei em Cape Town, acesse meu álbum: FOTOS CAPE TOWN

Cape Town – Parte I

City Centre 

Excelente!!!

Ter a oportunidade em conhecer umas das cidades-sede da Copa de 2.010, com direito a um gostinho de querer retornar em breve. No início das grandes navegações, o local era conhecido por diversos nomes. Em 1.488 o navegador português Bartholomeu Dias batizou o lugar como The Cape of Storms ou O Cabo das Tormentas por causa das grandes tempestades oceânicas. Mas ao chegar ao extremo sul do continente africano, este foi obrigado a retornar pois a tripulação tinha medo e acreditava que haviam monstros que engoliam as embarcações. Com a expansão das navegações, os holandeses a chamaram de The Cape of Good Hope ou Cabo da Boa Esperança pois, na época, levantou-se a esperança que uma rota marítima seria encontrada para o Oriente, sucesso tido pelo navegador português Vasco da Gama que seguiu com sua caravela. Mas em 1.652 o holandês Jan Van Riebeck estabeleceu o nome de Cape Town como uma estação para os navios que seguiam viagem ao Oriente.

Um fato que me chamou muita atenção é o sentido das vias. É tudo ao contrário e passei um sufoco ao atravessar os cruzamentos. Até mesmo andando de táxi por lá dá uma impressão estranha. Durante todo meu tempo que permaneci no país, não me acostumei. Até mesmo as pessoas andam ao contrário pela calçada.

 

O modo mais prático para conhecer boa parte da cidade é utilizar um dos ônibus de turismo que passa a cada 20 minutos em horário britânico, o Red City Tour. Você pode andar o dia todo nele, parar em vários pontos turísticos sem ter que pagar 1 centavo de rands, moeda local, a mais por isso e ainda por cima você tem canais de áudio em diversas línguas, inclusive o português, para saber das particularidades de cada local por onde o ônibus passa. Dessa forma, tive a oportunidade de conhecer lugares famosos como o City Hall Clock Tower. O prédio abriga a prefeitura da cidade e um relógico ao estilo britânico. A sacada do prédio é tida como o fator mais importante da história do apartheid onde o Sr Nelson Mandela fez seu primeiro discurso público a população logo que saiu da prisão em Robben Island onde durou nada menos que 27 anos.

  

Próximo dali, fica o Castle of Good Hope. Na realidade é um forte mas os habitantes da região o chamam de castelo. Na época das navegações ele defendia a região e hoje está aproximadamente 1Km recuado do oceâno, graças aos árduos trabalhos dos holandeses em aterrar boa parte da costa.

    

Dentre os museus, igrejas e mesquitas que estão espalhados, um ponto que merece destaque é o Gold of Africa Museum. Um museu que relata a história das explorações desse metal precioso.

 

Sea Point / Green Point

Sea Point foi o local escolhido para minha estada. É um bairro onde se tem de tudo, um trânsito bem organizado e ruas limpas. Estabelecida a estada, agora é explorar a cidade. Parti em direção a outro bairro, Green Point onde fica o Estádio e o V&A Waterfront. Caminhei beirando a orla onde pessoas faziam o mesmo ou brincavam. Parte da cidade é cercada pelo famoso Table Moutain, uma imponente montanha quadrada de pedra e pelo Lion´s Head (Cabeça de Leão).

 

Outro ponto que me chamou a atenção foi o formato de algumas árvores que ficam à beira da praia. São tortas devido a ação do vento e lá pude perceber que venta muito mesmo.

 

O Cape Town Statium em Green Point é bem pequeno se comparar com o de Johanesburgo, o Soccer City. Tudo em sua volta foi remodelado para oferecer um conforto aos torcedores.

  

Há támbém um bar muito agradável onde jantei uma comida típica cubana ao som de uma salsa, o Buena Vista Social Café. O local exibe fotos das regiões de Cuba e dos famosos líderes da revolução.

 

The Victoria & Alfred Waterfront

Dos locais portuários que conheço: Puerto Madero em BsAs, Port Vell em Barcelona e V&A Waterfront em Cape Town, este é um dos mais belos lugares que visitei. Muitos restaurantes, lojas, arena para shows e um grandioso shopping.

Um porto onde se tem de tudo. De um lado navios atracando para descarregar ou carregar, de outro navios sendo reformados, noutro lugar um cruzeiro marítimo e pessoas desembarcando, um show musical de uma banda local numa arena, diversos restaurantes oferecendo vários tipos de pratos, um shopping com muitas lojas e um aquário exibindo as mais diversas espécies marítimas, o Two Oceans Aquarium. Isso é o V&A Waterfront.

  

 

 

 

  

Passar umas horas ali é pouco pois o lugar é muito agradável. Ali, tudo é dinâmico e é possível encontrar vários povos dos continentes Asiáticos e Oceânicos, além claro, dos Europeus.

 

Os navios do mundo todo são reformados nesse porto, sua grande infraestrutura para essa prática é fenomenal. Eles ficam em diques ou são retirados para manutenção. Toda área portuária foi projetada pelos holandeses durante o auge de sua colonização e para conclusão desse projeto foram utilizadas toneladas de pedras e areias para afastar o oceano. Os holandeses são “experts” nesse assunto, afinal 1/3 da Holanda é nesse formato.

  

 

Ali também existe o que foi a maior construção mais alta no continente africano depois das pirâmides do Egito, um Silo utilizado na época.

Para um jantar regado de frutos do mar, nada como ir ao Ocean Basket e comer um prato com 6 tipos diferentes de frutos. Um excelente de vários restaurantes.

Na próxima publicação, enviarei um link com todas as fotos.

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