terça-feira, 9 de novembro de 2010

Phalaborwa

The Kruger Park Safari

Hospedagem no meio da Savana Africana: alguns Rands (moeda local).

Souvenirs de lembrança: tantos outros Rands.

Estar aproximadamente a 300 metros de um grupo de leões, num carro aberto a noite e ouvindo o quebrar de ossos durante sua refeição, com direito a um rugido: NÃO TEM PREÇO!!!

Caraca brow!!!! Nunca pensei que tivesse medo numa situação como essa. E eu estava lá, quase na cova dos leões e temendo ser a próxima vítima.

Um autêntico safári na África. Antes de iniciar o passeio, cheguei de Cape Town e me hospedei num hotel em Johanesburgo. Na realidade não é bem um hotel mas sim uma casa de campo bem confortável. Apesar do cansaço da viagem, no dia seguinte partiríamos bem cedo para Phalaborwa.

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Inicialmente pensei que iria de avião, mas na época do fechamento do pacote, definiu-se em seguir de carro. Apesar de andar cerca de 500Km achei a melhor maneira pois tive a oportunidade de passar por vários lugares e ver um pouco mais dos costumes dos povos da região. Vi durante o percurso várias plantações, fábricas, silos para armazenamento de grãos e usinas. Não é a toa que a África do sul é bem desenvolvida.

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Horas depois, uma pausa para o almoço e mais adiante o portão de entrada ao Kruger Park aberto a espera de mais um visitante. E para uma boa recepção, um animal silvestre circula pelos arredores em busca de seu alimento. Phalaborwa além de fazer parte do extenso parque, que possui nada menos que 800Km de comprimento (de norte a sul), ela é a terra da bebida Amarula. É de lá que saem milhões de garrafas para os apreciadores dessa bebida. O parque fica ao lado nordeste da África do Sul e próximo dali ficam os países Moçambique a leste, Zimbawe ao norte e ao noroeste, Botswana onde está um dos mais famosos safári.

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Tô dentro!!! A partir do portão, sigo por uma estrada simples cerca de 50Km até o acampamento. Durante o caminho, a ansiedade e emoção se dividem para encontrar algum animal em seu habitat natural. Conforme comentário do guia, que nos acompanhou todo momento, é a melhor época para visitar o parque pois é fim de inverno, as plantações e rios estão secos e os animais saem em busca de alimentos. Mas o que impressiona é a vegetação que, durante toda visitação, se confunde com a cor de vários animais. Não é a toa que isso serve de camuflagem a eles. E o primeiro animal a ver foi o elefante.

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Cheguei em Letaba, um dos vários acampamentos espalhados pelo parque, com uma boa infraestrutura. O acampamento é todo cercado com cerca elétrica. Ai nem precisa dizer o por quê.  Já as instalações, bem típicas e aconchegantes. Se comparar com a vida urbana, no quintal do acampamento, no lugar de cães, surgem os impalas, no lugar de gatos, esquilos e macacos. É impressionante observar esses animais de perto, ou melhor, acho que eles se impressionam com a nossa presença. Nem bem chegamos, deixamos as malas e partimos para dar continuidade ao safári. Além de andar o dia todo de carro, ainda tinha fôlego para continuar savana dentro. Mas a busca pelos animais não iria por muito tempo e logo retornamos para o acampamento onde fizemos um churrasco de carne de cordeiro e salsicha típica deles, nada a ver com a nossa costumeira, porém, de sabor agradável. Depois de saborear essas carnes, o jeito foi dormir pois no dia seguinte levantaria as 04h30m para iniciar a exploração pelo parque em busca de ver além dos animais comuns, os “Africa´s Big 5” que, até o presente momento viria apenas um deles.

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Segundo dia de safári, ainda com os olhos sonolentos iniciamos nossa andança de carro fechado e comecei e ver vários animais. Horas depois, uma pausa para um café da manhã ao estilo sulafricano e depois segui novamente. Até aquela hora creio que percorri uns 150Km.

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Um animal muito raro de encontrar é o Antílope. O guia até se surpreendeu quando avistou um e o seguimos para conseguir ver mais de perto. Mas ele é muito arisco e quase não deu. Mas pelo menos consegui essa proeza em fotografar.

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O início da tarde começa e retornei a Letaba, o acampamento. Fiquei por lá umas 2 horas para almoço e logo depois iria continuar com o safári mas agora em carro aberto e ainda por cima se estenderia a noite. Depois do almoço, aproveitei para ir ao museu do elefante, conhecer e comprar alguns suvenirs no acampamento. Acompanhei, num mapa local a localização dos animais. Essa medição é feita diariamente por um helicóptero que sobrevoa e depois passa as informações para a base. O administrador atualiza o mapa com um tipo de “pin imantado” e cada cor representa os animais da região com maior população.

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Quando aproxima o momento para partir, percebo o guia com um rifle se aproximando do veículo. Quando andei de carro fechado não tinha motivos para o uso da arma. Mas agora, com o carro aberto a pegada é outra. O guia deu algumas instruções talvez para tranquilizar as pessoas que iriam. Mas de certa forma, a sensação de insegurança e de estar vulnerável me envolvia. Bem, de nada adiantaria seguir com essa sensação. Então o jeito é curtir e ao andar alguns quilometros, me deparei com uma presa, um Impala morto em cima de uma árvore. E como foi parar ali? Bem, somente os leopardos um dos animais mais traiçoeiros deixam suas presas em cima das árvores, justamente para que as hienas não aproveitem de uma refeição. É impressionante ver um animal daquela forma.

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Mais adiante, numa ponte onde deveria passar água por baixo. Mas com a estiagem durante o inverno, tudo está seco. Paramos juntamente com outras pessoas e num lugar bem distante, um bando de felinos deitados e pelo visto estavam dormindo. Naquele momento, de nada poderia fazer e segui por outros caminhos em busca de localizar outros animais. Em outro local, mais um animal abatido em cima da árvore. A noite se aproxima e a tensão aumenta um pouco mas o passeio continua agradável. O por do sol é muito bonito e traz imagens inesquecíveis.

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Mais tarde, já na calada da noite, o guia para o veículo e nos pede silêncio absoluto. Percebi que ele segurava o rifle e com todo aquele silêncio em volta, se ouvia apenas o quebrar de ossos. O guia pede para uns ligarem a lanterna, elas ficam ligadas direto na bateria do veículo e quando focou no meio da mata, ouve-se um rugido de que aquela luz estava incomodando. Bem, naquela hora a tensão aumentou e muito e lá estava um leão e mais 3 fêmeas devorando um animal que, por estar muito escuro, a máquina fotográfica não conseguiu registrar com nitidez aquele banquete. Usei o zoom digital da máquina para obter mais imagem mas não foi possível. O veículo ficou parado ali por alguns minutos, creio que a uns 300 metros de onde eles estavam.

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Bem, aquilo foi sem dúvida o momento mais impressionante do safári e com isso, consegui ver mais um animal dos “Africa´s Big 5”, somando 3 ao todo. Para quem não conhece, os animais que formam o “Africa´s Big 5” são: Leão, Leopardo, Rinonceronte, Elefante e Búfalo.

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Durante o percurso entre a savana, existem uns tótens que indicam a localização, justamente para não perder o caminho. Por estar bem no meio da savana, o ar é muito mais puro e tive a impressionante e agradável sensação de sentir, há pouco mais de 2Km de distância do acampamento, o Letaba, o cheiro de alimento sendo preparado. Sei dessa distância pois estava retornando ao acampamento e vi no totem a distância. Jamais imaginaria que o faro humano, em condições como essa, de plena pureza atmosférica, conseguiria sentir o cheiro de um alimento. Outro ponto interessante é que não estava ventando, já era noite.

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Finalizado mais um dia de safári, agora era fazer o jantar. Dessa vez foi um churrasco de partes de frango e a mesma salsicha. A noite estava tão agradável, que nem me importei com a iluminação pois a própria natureza se encarregou de iluminar o local. Mas era preciso dormir cedo pois no dia seguinte acordaria novamente as 04h30m para seguir no terceiro dia, porém agora com toda a bagagem de volta.

O dia amanhece bonito que, por volta das 05h00m consegui registrar as primeiras imagens do nascer do sol. Uma imagem inesquecível.

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No período da manhã, vou a mais uma circulação pela savana, meu último dia de safári. Encontrei com alguns animais. Deixo o acampamento Letaba para trás, mas com gosto de retornar um dia, se possível. Saindo do portão de entrada, atravesso por algumas cidades mas esse registro deixo para uma próxima postagem.

Vejam aqui no link outras fotos do safari no Kruger Park: CLIQUE AQUI