quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Roma – Parte 2

Porta Pia

A Porta Pia é uma construção de Michelangelo, recebeu esse nome em honra ao Papa Pio IV, que a mandou construir.

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Piazza della Repubblica

A Praça da República é uma bela praça de formato semicircular próximo a Stazzione Termini. Antigamente era conhecida como “Piazza Esedra” e está localizada em frente a antiga “Terme di Diocleziano”, hoje grande parte convertida na “Basílica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri”, um famoso ponto turístico.

Em seu centro, encontra-se a bela “Fontana delle Naiadi” e as quatro ninfas aquáticas com poderes de cura e profecia sendo: a Ninfa dos Lagos, a Ninfa dos Rios, a Ninfa dos Oceanos e a Ninfa das águas subterrâneas. No centro da fonte está Rutulli, simbolizando o domínio do homem sobre a força natural.

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Basílica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri

Essa é, em minha opinião, uma das Basílicas mais interessantes que já visitei.

Muito antes mesmo de se tornar o que é hoje atualmente, o Imperador Maximiniano, que dividia o poder com Diocleciano, mandou construir um complexo de banhos no Séc IV, para satisfazer a demanda da população que crescia nessa parte de Roma. Muito tempo depois, o Papa Pio IV em seu pontificado no Séc. XVI deu o local aos Monges de Santa Cruz em Jerusalém. Foi então que Michelangelo converteu o salão central dos banhos nesta Igreja de Santa Maria dos Anjos. Foi de fato, o último projeto arquitetônico desse gênio. Os dois eixos do piso formam a “Cruz Grega”, com quatro capelas laterais.

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Numa parte da Basílica, está o instrumento científico de medição do tempo mais precioso do mundo: “La Meridiana

Bem, para saber o motivo da criação Da Meridiana, retrocedo a história dos calendários. Fiz uma breve pesquisa em alguns sites e, um pouco de cultura, sempre é bem vindo.

Antes da criação de Roma, alguns povos antigos adotavam o calendário Egípcio como medição do tempo. Esse calendário tinha como base a ocupação das margens do Rio Nilo com o regime das águas divididas em três partes de quatro meses cada.

Com a criação de Roma, Rômulo estabeleceu o calendário Romano em 753 a.C. Possuía 10 meses e 304 dias. Mas o calendário não era preciso, sempre obteve modificações para se manter alinhado com o ano solar, recebendo 12 meses e 355 dias e a cada dois anos recebia um mês extra que era de responsabilidade do pontifex maximus.

Em 46 a.C., o imperador Júlio Cesar percebendo que as festas romanas em comemoração a estação mais florida do ano, marcadas para o mês de março (que era o primeiro mês do ano), caíam em pleno inverno, determinou que o astrônomo Alexandrino Sogígenes corrigisse o calendário. Com essa mudança, o ano passou a ter 12 meses e 365 dias com o ano bissexto a cada 3 anos, criando assim, o calendário Juliano que vigorou até a Idade Média. O Imperador Augusto, para corrigir ainda a diferença, determinou que no ano bissexto fosse a cada 4 anos. Com essas mudanças, esses imperadores foram homenageados e os meses Quintilis e Sextilis passaram a chamar de Julius e Augustus.

No Séc. XVI, o Papa Gregório XIII com o objetivo de coincidir o calendário civil com o eclesiástico, estabeleceu uma reforma no calendário Juliano pois ao longo do tempo, havia um erro acumulado. Ele criou o calendário Gregoriano suprimindo em 10 dias do calendário, além da reforma no método de cálculo do ano bissexto. Este novo calendário foi adotado gradativamente por países da Igreja Católica até os tempos atuais. Entretanto, a Igreja Ortodoxa não aceitou seguir essa mudança, optanto pela permanência no calendário Juliano, o que se explica a diferença de 13 dias entre os dois calendários. Essas modificações contribuiu para o Concílio de Nicéia, que determina a celebração da Páscoa no primeiro domingo depois da lua cheia que segue o equinócio de primavera no hemisfério norte (equinócio de outono no hemisfério sul).

Mais tarde, para comprovar a validade da reforma do calendário Gregoriano e determinar de forma precisa a data da Páscoa, de acordo com as regras do Concílio de Nicéia, o Papa Clemente XI convocou Francesco Bianchini e mais uma comissão para construir com precisão A Meridiana.

Ela está na Basílica onde se tem uma linha de 45 metros de latão onde recebe ao longo da linha através do buraco Gnomon a luz solar. Nas extremidades da linha existe a constrelação de Câncer e Capricórnio determinando o soltíscio de Verão e Inverno. Já o buraco de Gnomon, foi aberto no teto da Basílica envolvido com o brasão de armas do Papa Clemente XI.

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