terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um tour pela África do Sul

“É mesmo isso chefe!!”. Frase comum dita pela maoria dos angolanos quando concorda com algo.

Roteiro AFS

Mapa do trajeto (acesse)

Enfim, se aproxima novamente o final de mais uma temporada em Angola. Dessa vez vou aproveitar parte de meus dias que tenho e farei um citytour no país mais desenvolvido do continente. Para iniciar a jornada, irei até onde as caravelas viravam à esquerda para seguir viagem até as Índias.

Primeira parada: Província Western Cape, cidade Cape Town

Western CapeOuvia dizer muito sobre esse lugar na época do ginásio e eu sempre me preocupava como seriam minhas provas bimestrais. Como diziam nossos memoráveis patrícios: “Tu pegas esse caminho, visto o farol, vire a esquerda, siga sempre margeando até chegar onde queres”. Como estou aqui por perto, despertou essa curiosidade em ver se tem mesmo esse farol, se a luz acende mesmo depois de alguns séculos. Afinal, depois que inventaram as compras online, quem se atreve pegar um barquinho para fazer compras? Pensei nesse momento, numa cena da época, em meados do séc. XV para o XVI, numa conversa de nosso finado Bartholomeu Dias com sua esposa:

- “Querida! Vou até a Índia comprar orégano e pimenta do reino. Mas não se preocupe porque volto logo.”

- “Oras pois, então leve o puto consigo.” Dissera ela, apontando para um de seus filhos.

Nos 3 dias de estada em Cape Town, me hospedarei no hostel Hi-hostel Afrique du Sud. Pretendo conhecer alguns pontos mais famosos como: Green Point Stadium, Table Moutain, Cape of Good Hope (esse é o da prova) e o Robben Island Museum. Isso tudo se as condições de tempo e disponibilidade do local contribuirem.

Próxima parada: Província Mpumalanga, cidade Nelspruit (Mbombela)

Mpumalanga Desde criança até os tempos atuais, assisto a documentários de safáris africanos. Apesar de ser uma programação um pouco “pálida” para algumas pessoas, para mim, um amante da natureza é um prato cheio.

Quando decidi fazer esse tour, previ conhecer Johanesburgo ao safári. Mas quando amadureci minhas idéias, achei mais conveniente uma programação dessa natureza. Afinal, quando haverá outra possibilidade?

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Na África, existem muitos safáris. Mas como irei para África do Sul, conhecerei o Kruger National Park, o maior parque nacional do país. Nele, é possível fazer um autêntico safári, como mostrado nos documentários. Fechei um pacote de 3 dias no Siyabona Africa Safari. De Cape Town, retorno novamente para Johanesburgo onde me hospedo no Outlook Lodge Hotel e, dia seguinte, viajo para Nelspruit com destino ao parque.

No parque, é possível pernoitar savana adentro em chalés espalhados ou se preferir uma acomodação menos radical, elas ficam em lugares mais confiáveis. Lembro de quando meu pai dizia que sou descendente de índios bugres. Portanto, para fazer jus, preferi me instalar no meio da savana e dormir com a “dona onça”. Mas a organização do parque disse que, quem invade as instalações são mesmos os mosquitos transmissores da malária. Eles sugerem  durante a estada no parque, que utilizem camisa de manga longa. E caso aconteça alguma coisa, existe uma equipe médica de plantão e até mesmo um mini aeroporto para transportar pessoas se ocorrer algum inconveniente. Simples assim!!

Inicialmente, a exploração do parque será num veículo aberto, os famosos Land Rover Defender (meu sonho de consumo), exceto se os demais visitantes não sentirem segurança. A organização do parque também informa que não há problema seguir com a exploração em veículo dessa maneira pois os animais já conhecem o veículo.

Putz!!!! Fácil né? Leão, onça, rinoncerontes conhecem o veículo mas quem está dentro dele?? Tendi tudinho….. rs rs Mas sinceramente, penso em passar no açougue e comprar uns 5 quilos de carne só para garantir. Vai que resolvem fazer um banquete de mim??? Aliás, estou quase para um churrasco grego do que um filét mignon ao molho madeira.

Malas quase prontas, reservas feitas e programação definida. Agora é ajustar os detalhes finais e esperar pelo grande dia, seguir caminho e voltar com boas estórias para contar. Isto é, se os leões não se incomodarem comigo. rs rs rs

Agenda de Atividades

Clique na imagem para abrir a agenda e obter os detalhes da programação.

Agenda AFS

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Praia do Cabo Ledo

Enfim, um momento de lazer: praia, mar, ondas….. A costa oeste de Angola banhada pelo oceano, serviu por muito tempo como um refúgio de férias para os portugueses, época em que foi colônia.

Já a praia do Cabo Ledo, é muito frequentada por caucasianos. É muito raro encontrar um africano. Somente nesse lugar, pude perceber que a raça predominante no continente é bem inferior. É também considerada uma praia de surfistas pois as ondas são boas para essa prática.

Ao despertar numa manhã nublada, pairou uma dúvida no ar. Mas por fim, decidi ir com outros consultores e numa van seguimos viagem. Para cortar caminho, passamos pelos vilarejos mais humildes e me surpreendi tamanha precariedade que é a condição de vida desse povo humilde.

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Na estrada, haviam vários postos de comando. Por sorte ficamos boa parte do tempo atrás de uma camionete que atrapalhou a visão dos policiais. Nosso problema não é ser barrado mas sim autuado injustiçadamente, o que é uma prática comum, já que somos estrangeiros. Isso acontece frequentemente pois um policial não quer simplesmente checar as condições e documentos do veículo mas arrumar uma forma de ganhar um extra, “gasosa” como eles dizem por aqui. Se isso não acontece na ida, com certeza a volta é inevitável. E de fato aconteceu quando fomos abordados num bloqueio e para minha infelicidade, amarguei uma boa quantia em kwanzas para seguir o retorno de viagem ou, ficaríamos ali mesmo sem nenhuma condição de defesa ou assistência. Tanto essa como outras situações semelhantes nos evitam em sair mais para conhecer a cidade, embora não há nenhum entretenimento interessante, além claro, de sermos discriminados em alguns lugares. Mas basta sair para qualquer lugar e depararmos com um policial ou até mesmo uma pessoa de má fé que eles sempre pedem uma “gasosa”. Portanto, para não ter esse gasto extra, permanecemos na guest e assistimos a filmes, conversamos ou jogamos. Pelo caminho, além da mata, há uma grande quantidade de carros abandonados. É impressionante vê-los na margem da estrada depenados e esquecidos.

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Seguindo adiante, me deparei com uma ponte sobre o rio Cuanza. Ao passar por ela, chegaria a província de Bengo onde fica a praia. Poucos metros antes da ponte, parte da memória da Guerra Civil no período de 1.975 a 2.003 estava presente. Um carro de combate, também conhecido como “tanque de guerra” abandonado ali, como uma lembrança de tempos difíceis. Ele estava lá, em meio a mata, como se tivesse em plena luta armada, de tocaia, à espera do inimigo. As portinholas estavam abertas, simulando uma fuga, e a metralhadora calibre ponto 50 apontado para um alvo imáginário. A ação do tempo estava tomando posse desse monstro de ferro, imbatível nas guerras mas, para a natureza, nada é imbatível.

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A travessia segue e já na província de Bengo cruzo pelo Parque Nacional de Cuanza. Pela paisagem, náo há meio de vida animal silvestre por perto, a excessão de pouquíssimos pássaros. Minutos depois, cheguei ao destino. Uma praia pouco frequentada, quase deserta. Finquei bandeira num lugar e por lá curti o momento.

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O sol que ri

Caraca!!!! Essa língua portuguesa nos apronta cada uma.

Dia desses fui ao supermercado e numa prateleira frigorífica encontrei um achado!!! O que me chamou a atenção foi pelo nome “Rissóis”. Peguei o produto e logo pensei: “Meu, isso é Risóles”. Resolvi levar o produto para experimentar. Estava seguro disso pois sua fabricação é de origem portuguesa. Mas o que me causou estranhesa era justamente o nome. Apesar de sermos de uma comunidade lusófona, existem muitas variações no nome de algumas coisas, mesmo com essa correção ortográfica.

Ao chegar na guesthouse, comentei a novidade com outro consultor e a partir disso, nos aprofundamos a conversa para saber o motivo da diferença do nome. Pois é, como aqui não tem muito o que se fazer, o jeito é se atualizar com culturas inúteis. Bem esse salgado vem de origem francesa e por lá se chama “Risoleil”, ou seja, “O Sol que Ri”. Não é da forma como habituamos saborear mas a origem do formato é o mesmo, como se fosse um sol rindo (vá entender…). Contudo, ao se espalhar pelos demais países ao longo do tempo, seu nome também se ajustou para cada nação que resolveu copiar a receita.

Enfim, é só um momento de entretenimento. E aproveitem para comer bastante “Risoles” pois aqui um pacote com cerca de 500Grs é pouca coisa mais cara que um pé de alface. E quanto custa um pé de alface? Bem, aqui em Luanda, num supermercado de confiança está em torno de R$ 20,00, convertidos em nossa moeda.

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Por do sol

Uma das mais belas paisagens que a natureza oferece, é o por do sol. Não há dúvidas que, ao observar o entardecer temos a sensação de um dever cumprido. Aqui em Luanda, entre tantas situações vista por aqui, de fato essa é uma das mais belas pois diferentemente do Brasil, o por do sol é no oceano. É uma forma não costumeira que vejo e essa oportunidade somente a vi, pela primeira vez, quando estava em Viña Del Mar no Chile. Enfim, não há muito o que se dizer mas apenas algumas das imagens para ver quão belo é.

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Por do sol em Luanda

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Por do sol em Viña Del Mar (Oceano Pacífico)

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Por do sol no Brasil (Chapada dos Veadeiros – GO)