sexta-feira, 23 de julho de 2010

Brasil varonil















Pois é, te
rmino mais uma temporada em Angola. Mais 2 meses se passaram e muita coisa aconteceu. Esse ano está a passar rápido e de certa forma acho bom. Fico apenas 1 semana no Brasil, tempo para cortar meu cabelo que mais parece um repolho de tão grande, comer risólis, coxinha, Mac, pizza. Poder encontrar entes e amigos queridos, mas pelo curto espaço de tempo creio que não dará para ver a todos.

Antes de chegar ao destino final, uma parada básica em Joburgo, um pernoite apenas, o suficiente para comer o esperado T-Bone no Emperors Palace no jantar e um muffins no café da manhã no aeroporto, além de umas compras básicas no duty free. Que perdição é esse lugar, RS RS RS

Enfim, não conseguirei escrever durante meu período na Terra de Santa Cruz mas, ao retornar, além dos meus 34Kg permitidos somente de alimentos que trarei (afinal como vocês acham que eu sobrevivo aqui?), creio que terei mais novidades.

Hasta la vista!!!

sábado, 17 de julho de 2010

Vamos pegar uma boléia???

Como não se bastasse o trânsito, outra dificuldade aqui em Angola é o sistema de transporte. Ônibus mesmo é raríssimo, creio que devam circular no máximo uns 5 coletivos em péssimas condições de uso. Táxi então nem se fala. Até o início do ano não existia esse tipo de serviço e o que tem em circulação talvez sejam uns 3 carros apenas, sistema ferroviário não funciona dentro da Capital e para as províncias vizinhas atende de forma precária e tração animal não existe.

Mas o que salva a pele desses sofrido povo é a Candonga. É uma van e nela se transporta de tudo. Muitas delas vão superlotadas, pessoas quase que umas em cima de outras, além também de estarem em condições precárias. Os “candongueiros” (motoristas) são muitos arrojados e jogam seus carros contra outros disputando um lugar para seguir seu caminho. Com isso, as ocorrências são freqüentes prejudicando ainda mais o trânsito.

A Candonga aqui em Luanda se torna uma necessidade mesmo. Diferente do conceito que temos no Brasil.


Pegar um metrô lotado em pleno horário de pico em SP ou RJ? Bom, apesar de ser desconfortável é muito funcional. Pior mesmo seria depender de um sistema de transporte aqui em Luanda e torcer para chegar bem ao seu destino.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Rua Da Samba. Mas...... dá samba?


Quem não passou por um estresse num trânsito engarrafado no Brasil? Marginal Tietê ou Radial Leste em SP, Avenida Rio Branco ou Presidente Vargas no RJ, Estrada Parque Taguatinga ou Estrutural no DF. Tantos lugares, mas sempre com algo em comum: trânsito.

Em Luanda, Angola não podia ser diferente. Embora o país esteja em constante reconstrução, não há ruas bem definidas nem tampouco estradas. Mas o meu caminho diário do centro da cidade até Talatona ou viceversa é uma jornada e tanto. É um trânsito caótico, com muitas pessoas andando e atravessando a via, motos andando na contramão, ambulantes vendendo de tudo um pouco. Se você pega a Da Samba no início e chega até o outro ponto, consegue fazer as compras do mês de tanta gente vendendo coisas. Os motoristas não respeitam um ao outro e são ruins de volante.

E a paciência onde fica? Diz a lenda que, um monge quando inicia sua missão de reflexão e oração, segue por vários anos, até ganhar como recompensa um “mantra”. Nem todos os monges conseguem esse tal mantra, mas se tivesse que pensar no trânsito Da Samba, isso seria como um kit básico antes mesmo de pegar a via, pois haja paciência. Você dorme, acorda, dorme novamente, acorda e parece que o tempo não passa. Dias desses um consultor resolveu assistir a um filme de seu notebook, embora seja um pouco perigoso, mas faltou mesmo a pipoca para acompanhar, porque já não tinha mais a venda.
Trânsito ruim? Onde? Ah!!! que saudades da Radial Leste....

domingo, 4 de julho de 2010

Hoje é dia de feira!!!

A feira do Benfica em Angola é uma das mais famosas, que de fato se torna obrigatória uma parada nela, mas não é a maior do mundo a céu aberto como a feira do Roque Santeiro, que também fica em Angola. Ela não tem uma boa infraestrutura, mas atende as necessidades em adquirir um souvenir de lembrança. Lá não se vende de tudo, mas os vendedores quase imploram a comprar algo em sua barraca. Praticamente, a única forma que vejo os angolanos de chamar de “amigo”, pois é dessa forma que nos atraem atenção. Ao se aproximar em uma dessas tendas, o vendedor mostra tudo, e faz questão que se toque nos objetos ou os segure. Com isso, na visão deles, já é meio caminho andado para a negociação e ele insiste para que se leve o seu produto que dependendo de seu temperamento, chega-se a comprar somente para se livrar dele, mas basta andar alguns metros que vem outro e te questiona o motivo de não comprar em sua tenda. O preço, como todo vendedor oferece é lá em cima e vai baixando na medida em que a conversa evolui. Por exemplo, uma peça de artesanato feita de madeira (pau preto como se chama aqui) de porte pequeno, o valor inicial chega a AKZ 1.000,00 (Kwanzas), mas ao final da conversa, o valor chega a AKZ 600,00. Os objetos são de fato bem trabalhados, conforme suas habilidades manuais e de vários tamanhos (elefantes, girafas, rinocerontes, o caçador, Palancas Negras – símbolo de Angola e O Pensador – símbolo Cultural da Angola).
Há também bijuterias feitas de pedra ou marfim e quadros. Mas uma das peças que mais chama atenção é um banquinho todo feito de madeira trançada em uma peça única, de certo modo que somente eles possuem essa habilidade. Infelizmente não consegui registrar essa peça, tirar foto aqui é um dos maiores desafios que enfrentamos. Contudo, as fotos abaixo foram tiradas de forma discreta, para não levantar suspeitas.